Joesley abre portas na Casa Branca enquanto o povo paga a contaEncontro reservado entre Trump e o dono da JBS escancara como empresários mandam mais que governo e deixam o povo brasileiro só com o prejuízo.

Encontro reservado entre Trump e o dono da JBS escancara como empresários mandam mais que governo e deixam o povo brasileiro só com o prejuízo.

Enquanto o brasileiro comum rala para pagar a conta do mercado, empresário bilionário atravessa o tapete da Casa Branca como se fosse sala de estar. Foi isso que aconteceu com Joesley Batista, dono da JBS, que se reuniu com Donald Trump semanas antes de o republicano “abrir o sorriso” para Lula na ONU. Negócio de Estado? Nada disso. É lobby, é arrumadinho, é poder paralelo decidindo o futuro de milhões sem pedir licença para ninguém.

O papo entre Joesley e Trump girou em torno da carne bovina, que sofre um tarifaço de 50%, e da celulose, que teve a taxação de 10% retirada por ordem do próprio Trump. Coincidência? É claro que não. Enquanto o brasileiro paga caro no churrasco, a jogada no bastidor garante bilhões para quem tem sobrenome e acesso direto ao poder. É sempre assim: pro povo, dívida; pros grandes, alívio.

E não foi só Joesley. Embraer, CNI e outros engravatados também bateram ponto em Washington, deixando a política em segundo plano. A missão era clara: pressionar para que Trump e Lula afinassem o discurso no palco internacional. E adivinha? Na Assembleia da ONU, lá estava Trump, falando em “negociar”. Não foi gesto de boa vontade, foi roteiro ensaiado.

Pra quem acha que isso é novidade, vale lembrar: em 2017, a JBS já tinha doado US$ 5 milhões para a posse de Trump. Dinheiro que compra proximidade, abre portas e coloca brasileiro poderoso de igual pra igual com presidente americano. Você, trabalhador, consegue sentar na mesa da Casa Branca? Pois é.

Enquanto a carne segue travada na tarifa de 50%, a celulose já respira aliviada. E quem ganha? As mesmas famílias que bancam lobby. Quem perde? O povo, que continua refém de tarifa, de imposto e da ditadura da toga que cala a voz de quem protesta. O sistema funciona assim: para uns, portas abertas; para outros, grades fechadas.

Não se engane: essa não é só mais uma “negociação comercial”. É mais uma prova de que a soberania nacional virou moeda de troca. Que os poderosos lá de cima decidem por você sem nem olhar na sua cara. Que empresário bilionário manda mais que governo eleito. E que, no final, sobra sempre para o povo pagar a conta.

Chega de farsa. Chega de acordos escondidos. A liberdade não pode ser privilégio de poucos engravatados. A anistia para os presos de 8 de janeiro precisa ser total, porque não há democracia de verdade quando uns mandam e outros são calados. O Brasil não pode se ajoelhar nem para a Casa Branca nem para a ditadura de toga.

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