Ditador chavista mobiliza Forças Armadas e população enquanto o país afunda na miséria e a retórica de guerra ganha força
A Venezuela mergulha cada vez mais fundo no abismo de um regime autoritário que usa o medo como ferramenta de poder. Nicolás Maduro anunciou a convocação de civis, militares, polícias e até serviços de emergência para um “exercício nacional de defesa” neste sábado (27). O anúncio, transmitido pela TeleSUR, veio acompanhado de frases de efeito como “pessoas preparadas são pessoas indestrutíveis” — uma tentativa de mascarar a verdadeira intenção: manter o povo mobilizado e submisso a uma guerra que não existe, enquanto a fome, a miséria e a repressão seguem esmagando a sociedade venezuelana.
O governo chavista tenta vender a mobilização como uma ação preventiva após tremores sísmicos registrados no dia 24 de setembro. Mas é impossível ignorar o contexto político. Há poucos dias, Maduro já havia colocado milhares de soldados, navios de guerra e aeronaves nas ruas e mares do Caribe, na chamada “Operação Caribe Soberano 200”. Oficialmente, seria uma resposta às ações norte-americanas contra o narcotráfico na região. Na prática, soa como espetáculo de força para manter o país refém de um estado de guerra permanente.
Por trás da cortina, o que se vê é a clássica cartilha de regimes autoritários: inflar o medo externo, pregar “união popular-militar-policial”, e ao mesmo tempo calar qualquer voz de oposição interna. O chavismo, aliado histórico da esquerda brasileira e inspiração de movimentos como o MST, tenta mostrar que ainda tem controle sobre sua população — mesmo que essa população já tenha perdido quase tudo: renda, liberdade e esperança.
A convocação de civis para simulações militares é mais um capítulo do desespero de um governo que não oferece saúde, segurança ou comida, mas insiste em oferecer trincheiras e discursos vazios. O verdadeiro inimigo da Venezuela não está no Caribe, nem em Washington: está no Palácio de Miraflores.
Enquanto o regime chavista ensaia sua guerra fictícia, mães continuam enterrando filhos por causa da fome, da violência e da repressão. E o Brasil não pode fechar os olhos: quando regimes vizinhos alimentam suas ditaduras, o reflexo recai sobre todo o continente.
É hora de apontar o dedo para o autoritarismo, denunciar a farsa e resistir. A Venezuela clama por liberdade, e cada simulação de guerra convocada por Maduro é apenas mais uma simulação de poder de um governo ilegítimo.
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